Criança morre após ser atropelada pelo padrasto em Campo Novo do Parecis
07/12/2024
Suspeito foi preso em flagrante, pois imagens e depoimentos indicaram que o ocorrido não foi um acidente de trânsito, mas um homicídio com dolo eventual, segundo a polícia. A mãe da criança estava dentro do carro com o motorista no momento do acidente
Reprodução
Um menino de 10 anos morreu após ser atropelado pelo padrasto, de 29 anos, em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, neste sábado (7). De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi identificada como Rafael de Souza Santana.
Conforme o boletim de ocorrência, o acidente ocorreu por volta das 3h45 da madrugada, quando a criança estava na garupa de uma motocicleta com o pai, passando pela Rua Andorinha, no bairro Olenka, quando foi atropelada pelo carro conduzido pelo padrasto.
Segundo a polícia, a mãe da criança estava dentro do carro com o motorista. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) esteve no local para prestar os primeiros socorros, mas, quando chegaram ao local, o menino já estava morto. Já o pai, de 43 anos, foi encaminhado para o atendimento médico.
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O padrasto da vítima permaneceu no local e, após realizar o teste do bafômetro, foi constatada a presença de 0,67 miligramas de álcool por litro de sangue, quase o dobro do limite permitido pela legislação (0,34mg/l). Ele foi conduzido à delegacia sem lesões.
Segundo o delegado Guilherme Renato, o motorista foi preso em flagrante, pois imagens e depoimentos indicaram que o ocorrido não foi um acidente de trânsito, mas um homicídio com dolo eventual.
“As partes se conheciam e não foi um acidente de trânsito. Estamos fazendo os procedimentos porque o motorista, a princípio, com a análise das imagens e coletada de informações, fechou a moto propositadamente. Ele assumiu o risco de que poderia acontecer. Infelizmente, o motociclista está no hospital com lesões graves e a criança morreu. O motorista estava embriagado e também vai responder por isso. Não se trata de um acidente de trânsito, mas de homicídio por dolo eventual”.
O caso é investigado pela Polícia Civil.