Mais de 100 pessoas morreram afogadas neste ano em MT; número representa 98% do total de afogamentos registrados no estado

  • 07/12/2024
(Foto: Reprodução)
De janeiro a outubro, 109 pessoas se afogaram e, deste número, 107 morreram e apenas duas vítimas sobreviveram. Os municípios que mais registram afogamentos neste ano, foram: Cuiabá, Sorriso e Sinop. Mais de 100 pessoas morreram afogadas nos primeiros 10 meses deste ano Corpo de Bombeiros de Mato Grosso Mais de 100 pessoas morreram afogadas nos primeiros 10 meses deste ano, segundo um levantamento do Corpo de Bombeiros. O número representa 98% do total de afogamentos registrados no estado e foi calculado com base em um levantamento realizado em locais de banho, como rios e cachoeiras, em Mato Grosso. De janeiro a outubro, 109 pessoas se afogaram e, deste número, 107 morreram e apenas duas vítimas sobreviveram, conforme dados divulgados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). Ao g1, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Rafael Ribeiro Marcondes, contou que uma das principais causas de afogamentos é a negligência quanto às regras básicas de segurança, por parte da população. Segundo ele, o consumo de bebida alcoólica, a imprudência ao desafiar limites na água e a falta de atenção, especialmente em locais de recreação, como rios e cachoeiras, são fatores determinantes para esse tipo de acidente. “A maioria dos afogamentos se dá em locais recreação, onde as pessoas acabam se desafiando na água, fazendo travessias e tentando coisas inusitadas. Nisso, elas acabam se afogando. Isso decorre muito em razão do envolvimento com bebida alcoólica e descuido em áreas de risco”, contou. Além disso, o tenente disse ainda que os pontos de maior risco para afogamentos em Mato Grosso geralmente são áreas de banho em rios, corredeiras e locais de grande movimento, como praias e regiões próximas a festivais. Ele destacou que, embora essas áreas sejam monitoradas durante as operações do Corpo de Bombeiros, grande parte dos afogamentos ocorre em propriedades particulares, como chácaras, açudes e pesqueiros, onde há menos controle e medidas preventivas. “Os incidentes ocorrem, normalmente, em áreas privadas e dispersas, o que dificulta a aplicação de ações preventivas. Quando identificamos locais de maior concentração, conseguimos reduzir os riscos por meio de sinalização e presença das equipes, como ocorreu este ano", explicou. De acordo com o Corpo de Bombeiros, durante todo o ano de 2023, foram registrados 170 afogamentos no estado. Cuiabá é a cidade com maior número de ocorrências. De janeiro a outubro deste ano, foram 19 registros, já durante todo o ano passado, tiveram 24 afogamentos nas águas do rio da capital. Os municípios que mais registram afogamentos este ano, foram: Cuiabá: 19 Sorriso: 8 Sinop: 6 Cuidados essenciais Os banhistas devem evitar consumir bebidas alcoólicas durante atividades recreativas Bombeiros O tenente Rafael também destacou a importância de se tomar medidas preventivas para evitar afogamentos em rios e piscinas. Segundo ele, os banhistas devem evitar consumir bebidas alcoólicas durante atividades recreativas em locais de banho e sempre manter atenção redobrada, especialmente com crianças (veja abaixo algumas dicas e cuidados para tomar durante banhos em rios e até piscinas). Segundo Rafael, a prevenção começa com a conscientização dos riscos e o respeito às medidas de segurança em locais de banho. Ele destacou a necessidade de conhecer as condições dos rios e piscinas antes de entrar na água e de evitar ultrapassar profundidades seguras, especialmente em áreas sem monitoramento. Como evitar um possível afogamento: Evitar o consumo de bebidas alcoólicas: O álcool reduz os reflexos e aumenta os riscos durante atividades recreativas em rios ou piscinas. Manter atenção redobrada com crianças: Nunca deixar crianças desacompanhadas em áreas de banho, piscinas ou locais com baldes e bacias com água. Respeitar os limites de segurança: Não ultrapassar a profundidade da linha da cintura em locais desconhecidos e evitar travessias arriscadas. Observar a sinalização: Em áreas monitoradas, como praias e rios com placas de advertência, seguir as orientações e respeitar os limites indicados. Evitar brincadeiras perigosas na água: Não desafiar os próprios limites físicos ou tentar ações arriscadas, como saltos ou travessias em rios com correntezas. Supervisão constante em piscinas: Garantir que piscinas sejam cercadas e tenham tampas nos ralos para evitar acidentes, além de estar sempre atento a crianças pequenas. Prestar atenção às condições climáticas e do ambiente: Evitar nadar em rios com correntezas fortes ou águas turvas e estar atento às condições locais. Afogamentos em novembro No dia 3 de novembro, o Corpo de Bombeiros localizou o corpo de um jovem de 19 anos, que havia desaparecido no rio Cuiabá, no dia anterior. Mergulhadores trabalharam nas buscas durante dois dias, até encontrar o corpo da vítima próximo às margens do rio. No mesmo dia, equipes encontraram o corpo de um homem de 29 anos no rio Juruena, em Nova Bandeirantes, a 980 km da capital, próximo a uma região de garimpo. No dia seguinte, outro resgate foi realizado no rio Braço do Norte, em Novo Mundo, a 791 km de Cuiabá. De acordo com testemunhas, a vítima afundou enquanto tomava banho e não retornou mais para a superfície. No dia 21 deste mês, uma mulher de 21 anos foi vítima de afogamento no rio Teles Pires, na zona rural de Sinop, a 503 km de Cuiabá. Uma testemunha relatou que a vítima pulou de uma plataforma flutuante em direção ao rio, emergiu brevemente com os braços para cima e, em seguida, afundou, não sendo mais vista. O corpo foi encontrado pela equipe de busca a aproximadamente 6 km do local onde ela foi vista pela última vez. O caso mais recente, ocorreu no último dia 28, em São José do Rio Claro, a 325 km da capital. O corpo de um homem de 40 anos foi localizado após dois dias desaparecido, desde que havia mergulhado no rio Arinos durante a noite.

FONTE: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2024/12/07/mais-de-100-pessoas-morreram-afogadas-neste-ano-em-mt-numero-representa-98percent-do-total-de-registros-no-estado.ghtml


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